QUE PREGUIÇA

Por Danilo Rizzo - As redes sociais são fantásticas, nos fazem reencontrar pessoas, reduzem distâncias, mas também são capazes de produzir aberrações aterrorizantes.

Sou usuário assíduo do facebook, twitter, blogs, e confesso que meu convívio nas redes sociais é inversamente proporcional às minhas aptidões sociais. Meu pensamento é simples: se não posso estar com as pessoas que gosto de estar, simplesmente prefiro não sair de casa. E como todo ambiente de convívio, há grandes momentos e momentos de vergonha alheia. Quem de vocês não tem algum contato que compartilha todas aquelas fotos de pessoas desaparecidas ou adoecidas, ou aqueles oportunistas que compartilham todas as promoções possíveis e imagináveis, ou 'perigosos' ataques de hackers.

Esse tipo de compartilhamento me incomoda tanto que passei a prestar mais atenção neles, não neles necessariamente, mas em quem compartilha. Claro que não cheguei a muitas conclusões, não consegui comprovar um padrão de contato que age dessa forma. São homens, mulheres, adultos, adolescentes, crianças, ricos, pobres, alguns votam no PT, outros no PSDB, palmeirenses, corintianos, são-paulinos... enfim, não há padrão claro.

Precisei então transcender às redes sociais para encontrar a resposta, e percebi que o fator equalizador dessas pessoas é a boa e velha... preguiça.
Concluam comigo, o mundo mudou, a informação corre numa velocidade alucinante e as pessoas, via de regra, não tem tempo de se aprofundar nos assuntos cotidianos. Mas essa é uma realidade posta, imutável até que mude, e como tal, afeta a todos, ou seja, se há quem consegue acrescentar algo em nossas vidas, que se preocupa em transmitir algo verdadeiramente útil, faz aquele infeliz que compartilha bobagens ser um preguiçoso, um provocador de vergonha alheia, um ‘decorador de manchetes’. O que custa pesquisar? O que custa estudar? Alguém realmente acha que o Mark Zuckerberg doara R$0,05 por compartilhamento? Ou que ele paga por ‘curtidas’?
Percebi também que há pessoas que se incomodam com isso [não estou só!]. O sintoma disso são os compartilhamentos fake de assuntos cretinos que claramente ridicularizam os compartilhadores compulsivos. Tem fotos aí que comprovam a reação da casta munida de cérebro [e senso de humor] que habita as redes sociais.
Abaixo a preguiça! Abaixo a burrice! E vamos ajudar esse pobre pneu doente!

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